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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Livros de Autoajuda, Ajudam?

Quem busca sua luz se destaca e ilumina aos demais.

Foto: Paul Kirumira
Nem sempre temos  alguém com quem contar para refletir, questionar, aprender.

Livros de auto-ajuda, são primeiro de tudo, um apoio para quem tem interesse, precisa ou sente a necessidade de rever, questionar ou até mudar algo que depende de si.

Claro que fatores externos influenciam, mas neste caso, o objetivo é procurar identificar valores, forças, recursos internos e até atitudes, que possam influenciar nestes aspectos que estão as vezes fora do controle.

Descobrir em si mesmo capacidades, explorar outros pontos de vista, ou ter um crítico que lhe diz as coisas por palavras que podem ser as vezes muito diretas, ou levarem mensagens sutis ao subcosciente, são pontos que fazem parte do nosso desenvolvimento nos mais diversos aspectos.

Administradores buscam aprimorar sua gestão. Líderes e visionários que criam os novos (e grandes) empreendimentos, buscam maneiras de enxergar mais longe, ou para explorar melhor sua capacidade criativa, por exemplo.

Mas o principal, é como disse mais acima, o desejo de mudança. O livro não substitui o bom conselheiro, mas é um apoio importante que pode estar logo ali, na prateleira, para ser revisto quando necessário.

Métodos que não funcionam, temos muitos exemplos diariamente, basta olhar quantos negócios tem dificuldades, quantos problemas existem nas relações humanas, quantos conflitos internos. Sempre existirão problemas, sempre existirão dificuldades.

Quem se dispôe a experimentar algo novo, tem a oportunidade de ir mais além.

E quem nunca errou, é porque nunca tentou sair da mesma situação de sempre.

Empresas não são mosteiros, mas pessoas também não são máquinas. Por isto, pode-se aprender, seja por analogias, seja por experimentar abrir os olhos de outra maneira.

Tem livros que são muito ruins. Outros são muito bons. Muita coisa é pura cópia e poucos são os autores originais.

Para quem decide empreender uma jornada, o que pode ser bom para um, talvez não seja para outro. As pessoas e empresas são diferentes. Os povos e culturas são diferentes.

Cada um tem seu grau de evolução e com o tempo, todos aprendemos a identificar, seja pelo esclarescimento, seja pelo coração, qual caminho. E quando se está no caminho, só se dá um passo de cada vez.

Meu comentário para matéria publicada na Revista Amanhã.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O Culto aos Dabbawalas

Apreciadores de metodologias e fantásticos sistemas de gestão, que a todo ano lançam mais uma nova fórmula, tem buscado outra vez no oriente exemplos de algo que funciona, para tentar transformar isto em produto de gestão.

Mas buscar estudar qual o 'sistema', qual a 'metodologia', talvez esta seja uma das falhas das muitas técnicas ocidentais.

Veja que a cultura hindu é baseada em valores humanos e espirituais.
Os Dabawallas (marmiteiros indianos) trabalham por respeito as demais pessoas, para que possam comer o seu alimento, vindo de casa, ao invés de serem massificados e tratados de forma indigna se tivessem que submeter-se ao sistema dos fastfood e restaurantes populares, típicos de nossa cultura.

Pensar no próximo, ter orgulho do que faz, respeitar a tradição, são valores humanos que funcionam quando aplicados voluntariamente.

Metodologias podem ser impostas, mas não se pode forçar pessoas a seguir determinados valores a menos que acreditem realmente neles.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Não é Máquina Atolada. A Performance É Que Foi Prô Brejo...

Wasting Time in the Lab - 07
Foto: Kenneth Kully


Uma cena real entre tantas que acontecem todos os dias: Digito o código para uma pesquisa relativamente simples, num sistema rodando no servidor de uma rede local.

No momento, o sistema tem apenas 11 usuários no total (maioria nem está sentada no computador), numa estrutura supostamente feita para suportar centenas ou milhares de transações simultaneamente.

Depois de dois segundos a coisa já está irritante. Cinco, dez, quinze, dezoito... vinte e oito... trinta e cinco segundos depois, finalmente, volta a tela de consulta, um simples retorno de poucas linhas, a partir de uma tabela que deve ter uns dez registros, e olhe lá.

Outra transação que vai procurar dados de cadastro mais completos, noutra tabela com algumas centenas de milhares de registros, não me interessa quantos na verdade, demora também intermináveis segundos.

E não se trata de máquina "atolada" (carregada demais). Sobre isto veja a matéria: Adicionar hardware não compensa software lento.

Será que o pessoal esqueceu que existe uma coisa chamada continuidade de pensamento? Se o usuário que está no terminal demorar para ter sua resposta, vai inevitavelmente perder a linha natural de raciocínio. Resultado: menor produtividade, alavancada pelo mau resultado do software, neste caso.

Claro que a culpa podia ser do hardware, isto acontece também. Mas já abordamos performance em posts anteriores e, em pleno século XXI, fazer software que ofende até a paciência dos mais ancestrais anciões, é no mínimo, uma demonstração torpe do mau uso dos recursos  de que dispomos.

Para quê tanta sigla bonitinha, framework daqui e dali, metodologia de escolinha do Professor, se o resultado é francamente ruim?

Olha gente, temos um mercado internacional, global, conectado via internet. Amplo acesso a informações e possibilidades inúmeras de pesquisa e troca de informações com outros profissionais para se fazer um trabalho decente.

E porque tantas e tantas vezes vemos este péssimo resultado nas nossas empresas? Muitas vezes é para que um empresário sem nenhum escrúpulo, ou apenas incompetente, pressione suas equipe até arrancar sangue, mas apenas conseguindo resultados medíocres, porém ganhando alguns poucos tostões nas costas dos demais, quando poderia ter uma lucratividade muito maior.

Ou quem sabe para que algum líder de projeto mirabolante coloque todas presunções possíveis, agregando tanta tralha no sistema que a coisa se arrasta.

Ou passando um paninho naquele velho remendo de sistema, sem nunca se importar em corrigir, muitas vezes, pequenas coisas que melhorariam, e muito, o resultado.

Eu alterno as funções de desenvolver e de usar software. E olha, quando eu estou sendo o cliente, me pergunto se as pessoas lá do outro lado, lembram que usuário também existe.

Velocidade de sistema é um fator crítico. Infelizmente a quantidade de MIPS (milhões de instruções por segundo) parece servir mais para mascarar serviço mau feito do que para fornecer resultados efetivos, e rápidos.

Novas versões de ferramentas de software e  hardware ajudam um pouco, mas a construção do produto final ainda é a principal responsável por um produto bem feito.

E ainda tem empresário que reclama porque as suas equipes são dispersas ou dormem no computador.

Muitos, talvez nem tenham percebido.




Leia também:




Imagem: "Okinawa Soba", sobre a lentidão no sistema.


05/04/2010
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