As Árvores Sagradas da Fortuna
Publicado no BuddhaZine nro 07 - Fevereiro de 1999
As montanhas são as árvores da Terra, são as elevações, as copas frondosas.
As árvores, são as montanhas do reino vegetal. Seus galhos, os caminhos que encontramos nas montanhas. Em seus espaços, os vales. Em seus frutos, a dádiva da nova era.
A Araucárias estão entre os mais antigos habitantes do planeta Terra, vindas não sabe-se donde, se por evolução ou por semeadura cósmica. Talvez, como passageira sofisticada de alguma nave de pura luz.
A capacidade principal das Araucárias está no contatar diretamente o ser humano, em tocar sua essência, chegar ao seu coração. Guardiãs da sabedoria de milhões e milhões de anos, contemporâneas dos que estavam aqui antes dos próprios dinossauros, elas zelam pela imensa sabedoria dos antigos.
As araucárias representam os próprios antigos. Com a mudança da energia planetária do Himalaya para a Cordilheira dos Andes, as Araucárias trazem em sua grossa casca, um carinho escondido, um convite, ao abraço, para recebermos, voluntariamente, seu ensinamento, do porque estamos aqui, quem somos e, como fazemos parte do todo em que nos criamos. A nossa meta, a nossa missão, o encontro da nossa maior fortuna pessoal, que é alcançarmos a realização pessoal, de trabalharmos no que realmente queremos, no caminhar para a liberdade maior, estão nos seus galhos, no seu lento crescimento, paciente, acompanhado das aves e seres da natureza.
Cuidar das matas de Araucárias, andar entre suas copas, é uma experiência única, quando percebemos que a grande fortuna, está na sabedoria, sem mais fazer mal aos demais seres, agindo de maneira justa, usando o necessário para crescermos e, finalmente, um dia, nos tornarmos as estrelas de nossas vidas.
Aos que plantam araucárias, estes estão fortalecendo em si mesmo, primeiro, a visão do futuro, a capacidade de perceber um contexto maior do que o seu próprio umbigo.
Segundo, a capacidade empresarial de expandir suas atividades pela maior compreensão (energia de visão) do mercado, fortalecendo suas raízes, deixando de lutar contra a natureza das coisas.
No fim da luta vamos descobrindo que é mais fácil nadar a favor da corrente do grande rio, sem auto-destruição, sem vícios, trocando o cigarro pelo ar puro, a preguiça por uma caminhada saudável com amigos, a melancolia pelo romance, a miséria pela fortuna, a dúvida pela certeza.
Esta energia está presente num abraço, como o que trocamos com as pessoas queridas e que, conscientemente podemos ter com estas conselheiras sábias, sentindo nosso peito junto ao seu corpo, tornando-nos novamente manifestação da criação, da força e da abundância.
P+
07/02/1999
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