Boa parte do problema de saúde é falta de educação, nos dois sentidos.
E não tem nada a ver com o nível sócio ecnômico das pessoas. Ricos, pobres, não tem muita diferença quando se fala em cuidar do que é coletivo.
Por exemplo, conheço gente que tem o pátio eternamente cheio de lixo, com água parada em todo tipo de objeto, por tudo quanto é lado.
Tem piscinas de água tão suja que até os mosquitos preferem outro lugar!
Não é falta de instrução, é puro relaxamento mesmo.
Em comunidades mais pobres, a coisa é mais aparente porque os mais ricos, costumam pagar para que outro resolva o problema. Atiram lixo pela janela tanto quanto os demais. Só que pagam alguém para andar atrás deles limpando suas sujeiras.
Quem pode, paga alguém para levar a culpa.
Alimentar-se mal, não saber noções de higiene, cuidados básicos com a casa e o lugar onde vive.
Até lavar as mãos de vez em quando é um costume pouco comum. De vez em quando? Sujou lavou!
Educação se aprende em casa, mas infelizmente, cada vez mais as pessoas pensam que é problema da escola. Deixam de ser pais e jogam a culpa nos professores. E mais tarde, quando algum traficante assume o papel dos pais, reclamam do governo, da escola, de todo mundo, menos de si mesmos.
Boa parte das filas que tem nos postos de saúde e hospitais, devem-se a carências pessoais, a pessoa está frustrada e vai no posto para reclamar da vida com todo mundo que encontrar pela frente. E acham ruim quando se constata que é uma simples gripe ou alguma dorzinha que teria bastado uma aspirina ou uma pomada para contusões.
Pessoas que chegam com crianças literalmente sujas. Não porque tenham sofrido um acidente e precisaram sair correndo. Falta de banho mesmo.
E os coitados dos professores, tentam ensinar alguma coisa e levam agressões de crianças mal educadas por todo lado. Está proibido repreender os alunos sem correr o risco de um processo por parte justamente destes pais (de todas classes sociais) que jogam a culpa deles mesmos contra a escola. E se um destes marginais em treinamento agridem um professor, quem tem medo é o professor. O marginalzinho sob as bençãos de um bando de retardados de algum serviço público, fica impune. Ah sim, claro, não é culpa dos que inventaram os regulamentos. Lembram o que escrevi acima sobre jogar a culpa nos outros?
Não cogito voltar a lecionar numa condição destas, se bem que sempre fiz de tudo para dar aulas apenas para adultos.
Verba para a saúde precisa sim, mas de que adianta instalações e equipamentos modernos, se os próprios profissionais que vão trabalhar lá muitas vezes são estes mesmos maus alunos, maus filhos, maus cidadãos?
Conheço uma enfermeira que a casa dela parece quase um chiqueiro. Tá certo que os filhos aborrecentes ajudam, mas poderiam ter um pouco mais de disciplina, se a quantidade de problemas familiares não ajudasse a acobertar o resto.
E falando em instalações, a gente sabe que as compras públicas tendem a ser questionáveis, afinal, escolher produtos usando o critério de menor preço sem considerar a qualidade, é ultrajante. E como o equipamento e instalações não são cuidados minimamente, é comum vermos postos, hospitais e escolas, literalmente em estado deplorável.
Olha, colocam na TV imagem de prédios e instalações em condições lamentáveis. Mas de cara o que mais vejo, são coisas que parecem ter passado por uma guerra, literalmente depredados. Pelo jeito, portas são abertas aos pontapés ou com um pé de cabra nas dobradiças.. Vidros internos quebrados como se tivessem praticado tiro ao alvo usando as cadeiras do escritório. Gavetas cheias de porcarias que mais parecem uma latrina.
Puro relaxamento com o que é seu, reflete-se em total desleixo com o que é coletivo. Sejam suas coisas, sejam seus próprios filhos.
Fazer um monte de porcaria é fácil
Díficil é ser responsável por si mesmo sem ficar jogando a suas próprias culpas nos outros.
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