Não vejo, não existe. Arte: The drowning artist (O artista se afogando) Óleo sobre madeira, 60 x 60 cm. Artista: Linnea Strid - Stockholm, Sweden |
Alguém diz que estudou isto ou aquilo por anos então não existe!
Respondo:
O padre Quevedo estuda uma vida inteira um assunto então afirma que "isto não ecziste"!
Eu pessoalmente discordo quando pude conhecer algo por ambos os lados da questão, de forma proporcional. Caso contrário, estou aberto a dúvidas e questionamentos.
Por exemplo, Fumei durante muitos anos. Parei de fumar. Só depois que tive o mesmo tempo entre não-fumante e fumante, é que tive uma visão de ambos os lados. Atualmente fumo. Faz mal? sim, e daí? Meu médico bebe nas refeições, e daí?
Questões que tornam-se dogmáticas, correm o risco de perderem o questionamento. O sinal mais importante da nossa linguagem é o ponto de interrogação: ?.
Quando paramos de questionar, abandonamos uma questão. Tem casos em que consideramos menos necessário o aprofundamento num determinado âmbito, enquanto noutras vezes, a investigação pode nos levar a lugares totalmente novos, experiências e aprendizados.
Quando afirmamos que algo "não ecziste", estamos cerrando nossos olhos, encarceramos a alma, acorrentamos o cérebro. Como um cão de caça, que ao invés de correr livre pelos campos, fica amarrado numa corrente, ao confortável alcance de seu dono.
Explorar o desconhecido, significa ir aonde não existem mapas. Algumas técnicas, assim como para andar na selva, ajudam um pouco, mas algumas vezes, será necessário largar a corda, arriscar a passar por águas escuras, caminhar na escuridão, tatear e abrir bem os ouvidos procurando um sopro de ar que indique a direção.
Loucura, é quando simplesmente se vai por aí, batendo a cara em qualquer árvore. Se temos olhos, audição, intuição, enfim, diversos sentidos, devemos usá-los.
E um dos princípais sentidos que o buscador possui, é justamente o coração. Se algo toca instantaneamente seu coração, observe, esteja atento.
Mas se é necessário uma enxurrada de palavras, cuidado! Temos muitos vendedores profissionais, peritos na arte da lábia, que lhes convencem que isto e aquilo é do jeito que eles falam.
Não se aprende nada de olhos fechados.
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